Após 40 meses de
intensa análise de documentos e cruzamento de dados pela Secretaria de
Estado da Fazenda, a Operação "Nota Referente-ATZO" - que desarticulou
um grande esquema no ramo atacadista no Oeste do Estado - resultou em
cerca de 700 dívidas quitadas, 215 autuações fiscais, 70 notificações e
cerca de R$ 25 milhões efetivamente pagos ao fisco estadual (entre
pagamentos quitados e parcelados). A Operação foi iniciada em 2008 e
seguiu até setembro de 2009, e a estimativa, na época, era de que mais
de R$ 50 milhões estavam envolvidos na fraude. Entretanto, o trabalho
posterior da Fazenda identificou R$ 70 milhões em sonegação.
Toda documentação do procedimento administrativo que serviu de base
para as notificações fiscais será remetida ao Ministério Público de
Santa Catarina para encaminhamentos na esfera criminal. As ações penais,
que visam à responsabilização pessoal dos agentes relacionados às
empresas envolvidas na fraude, serão deflagradas nas comarcas onde os
crimes aconteceram.
"Os proprietários do atacado se beneficiaram da fraude durante mais
de cinco anos e criaram uma cultura dentro da empresa de que não
estariam sonegando, e que, se fosse o caso, a sonegação fiscal seria dos
destinatários, pois tudo estaria sendo vendido com nota fiscal, ainda
que para destinatário falso", explica o diretor de Administração
Tributária da Secretaria da Fazenda, Carlos Roberto Molim.
Em setembro de 2009, uma força-tarefa formada pelo Ministério Público de Santa Catarina, Secretaria de Estado da Fazenda, DEIC, Polícia Civil, Agência Central de Inteligência (ACI), Polícia Militar, Núcleo de Operações Especiais (NOE), Polícia Rodoviária Federal e Instituto Geral de Perícias cumpriu seis mandados de busca e apreensão em quatro empresas e duas residências, além de dois mandados de prisão contra pessoas ligadas à empresa atacadista e distribuidora localizada em Chapecó.
A investigação também revelou fraude no Rio Grande do Sul e Paraná, com os quais foram compartilhadas informações para a apuração de sonegação de ICMS naqueles Estados.
O esquema foi organizado para a prática de crimes contra a ordem tributária, as relações de consumo, além de adulteração e falsificação de documentos e informações contábeis, lavagem de dinheiro, quadrilha e utilização de programa de processamento de dados que adulterava as informações fornecidas à Fazenda.
Como funcionava o esquema - as práticas ilegais consistiam na comercialização de mercadorias sem documento fiscal, omissão de informações e prestação de declarações falsas às autoridades fazendárias.
Em setembro de 2009, uma força-tarefa formada pelo Ministério Público de Santa Catarina, Secretaria de Estado da Fazenda, DEIC, Polícia Civil, Agência Central de Inteligência (ACI), Polícia Militar, Núcleo de Operações Especiais (NOE), Polícia Rodoviária Federal e Instituto Geral de Perícias cumpriu seis mandados de busca e apreensão em quatro empresas e duas residências, além de dois mandados de prisão contra pessoas ligadas à empresa atacadista e distribuidora localizada em Chapecó.
A investigação também revelou fraude no Rio Grande do Sul e Paraná, com os quais foram compartilhadas informações para a apuração de sonegação de ICMS naqueles Estados.
O esquema foi organizado para a prática de crimes contra a ordem tributária, as relações de consumo, além de adulteração e falsificação de documentos e informações contábeis, lavagem de dinheiro, quadrilha e utilização de programa de processamento de dados que adulterava as informações fornecidas à Fazenda.
Como funcionava o esquema - as práticas ilegais consistiam na comercialização de mercadorias sem documento fiscal, omissão de informações e prestação de declarações falsas às autoridades fazendárias.
A entrega de mercadorias sem documento fiscal atendia interesse dos
pequenos estabelecimentos comerciais que desejam posteriormente vender
também sem nota fiscal, além de se manterem enquadrados nos limites
favorecidos de tributação, como o Simples Nacional. A destinação de
notas fiscais para empresas que não adquiriam as mercadorias atendia a
interesse dessas empresas para pagar menos ICMS, que aproveitavam o
crédito do imposto destacado nos documentos fiscais.
O atacadista foi beneficiado com a fraude de modo a se tornar líder
na região, concorrendo de forma ilícita com os demais agentes do
mercado. A fraude praticada pela empresa atacadista proporcionava que
pequenas e grandes empresas do ramo supermercadista sonegassem impostos,
em troca da fidelização dos clientes, mediante concorrência desleal, o
que causou enormes prejuízos ao erário.
As empresas envolvidas na Operação Nota Referente Atzo, que tiveram
os maiores valores exigidos pelo Fisco, tinham sedes nos municípios de
Chapecó, Lages, Xanxerê, Curitibanos, Videira, Otacílio Costa, Caçador,
Balneário Camboriú, Itajaí, Fraiburgo, Abelardo Luz e São Lourenço
d´Oeste. Em todos esses municípios o montante exigido superou um milhão
de reais.
Por que ATZO - Havia dois
códigos utilizados pela quadrilha para o acionamento do esquema
criminoso: um deles a expressão "nota referente", que significava o
documento fiscal forjado que acobertava operação simulada; outro "pedido
ATZO", que consistia no documento que materializava uma operação real
executada sem cobertura de nota fiscal.
Resumo dos pagamentos decorrentes das Auditorias Fiscais vinculadas à Operação Nota Referente Atzo (Valores em R$)
Pagamento espontâneo
|
Pagamento no prazo para defesa prévia
|
Pagamento de Notificações Fiscais
|
Pagamento de
Dívida Ativa
| ||||
Integral
|
Parcelado
|
Integral
|
Parcelado
|
Integral
|
Parcelado
|
Integral
|
Parcelado
|
4.219,32
|
3.216.553,26 | 2.616.257,01 | 8.551.132,95 | 5.208.803,82 | 4.321.325,51 | 472.666,79 | 13.807,15 |
Total pago integralmente: R$ 8.301.946,94
Total parcelado: R$ 16.102.808,87Redação: Coordenadoria de Comunicação Social do MPSC e Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Fazenda