
Segundo as informações apuradas, Euclécio Luiz Pelizza teria se utilizado de uma impressora ilegal para simular a autenticação mecânica em guias de recolhimento de ICMS, e fez seus motoristas passarem por postos fiscais com os documentos falsificados.
Além disso, ainda segundo a denúncia, por quarenta e duas vezes o empresário e seu filho Eloir Pelizza teriam deixado de recolher tributos em operações de venda de suínos, o que foi constatado analisando o movimento das guias de trânsito animal e o movimento fiscal.
O valor dos impostos sonegados, somados os engargos legais, é de R$ 3.379.357,45.
Os documentos obtidos na Operação Moccus I ainda serão analisados pela Secretaria da Fazenda Estadual, o que pode redundar em novos lançamentos tributários. A sonegação relativa à empresa Casal Comércio Ltda. e Cooperativa Porcurê será analisada pela Promotoria de Justiça de Abelardo Luz.
Foram também denunciados os contadores Arcides de David, Lidiane Vieira Ribeiro e Marli Rita Bordignon. Segundo informações apuradas até o momento, os contadores teriam subavaliado o patrimônio das empresas gerenciadas por Euclécio Luiz Pelizza, no laudo de avaliação que serviu de base para a constituição de duas sociedades anônimas (Transviva S.A. e Pinhal Agropecuária S.A.).
Dois lotes urbanos, conforme estudos realizados pelo Centro de Pesquisas do Ministério Público, foram avaliados em R$ 56,00 e R$ 134,00, respectivamente, quando o valor somado de ambos seria de no mínimo R$ 286.000,00.
Os contadores terão direito a suspensão condicional do processo, em que podem prestar 60h de serviços comunitários para evitar que o processo siga adiante.
Os demais réus terão prazo para defesa. Na sequência será designada data para audiência e o processo será julgado pelo Juiz de Direito da Comarca de Seara.
Fonte: Blog da Promotoria de Justiça de Seara-SC.
Porque "Operação Moccus": a fraude em investigação envolve a comercialização de suínos. Moccus, na Mitologia, está associado à ideia de "porco".