sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Promotora da Infância e Juventude participa de audiência Pública que trata de questões de adoção


Para a Promotora de Justiça da Infância e Juventude da Comarca de Chapecó, “é preciso falar mais sobre adoção, já que é um tema que envolve várias questões polêmicas.

Um dos maiores desafios que a sociedade tem em relação a isso é superar a desinformação, a insegurança e o medo. É preciso ainda, principalmente no que se refere a adoção tardia que aconteça, a partir dos debates, uma mudança cultural e de paradigmas, sendo esta a única forma de diminuir o numero de crianças e adolescentes no sistema de acolhimento”. A afirmação de Vânia Cella Piazza foi feita, durante a Audiência Pública sobre “ As Condições dos Processos de Adoção e das Casas de Acolhimento do Estado”, realizada, quinta-feira passada, dia seis de outubro de 2011, no plenário da Câmara de Vereadores de Chapecó. A audiência faz parte de um ciclo a ser realizado em todo o Estado de Santa Catarina, organizado pela Assembleia Legislativa do Estado, através da Comissão de Direitos e Garantias Fundamentais, de Amparo à Família e à Mulher. A iniciativa conta com apoio da campanha “Adoção – Laços de Amor”, promovida pelo Parlamento Estadual, Ministério Público de Santa Catarina, Tribunal de Justiça e OAB/SC.

O evento contou com a participação de diversas autoridades, dentre elas, a deputada Dirce Heiderscheidt, que presidiu a audiência, os deputados Luciane Carminatti, Dirceu Dresch, Maurício Eskudlark e Mauro de Nadal, que destacaram a importância da união de todos, em prol da adoção das crianças que vivem em abrigos, no Estado. Além da Promotora de Justiça da Infância e Juventude da Comarca de Chapecó, fizeram uso da palavra, durante a audiência, a chefe de gabinete da Secretaria de Desenvolvimento Regional de Chapecó, Márcia Merisio, e a diretora presidente da Fundação de Ação Social de Chapecó (Fasc), Belenite Maria Frozza e a primeira dama do município Neila Caramori e o Presidente da Câmara de Vereadores de Chapecó Itamar Agnoletto.

Vânia Cella Piazza destacou que “quase sempre uma história de adoção é também uma história do abandono e rupturas razão pela qual precisam os adotantes da preparação que acontece durante o processo de habilitação para integrar o cadastro de adoção e principalmente depois através da participação em grupos de apoio a adoção”. Sobre a escolha preferencial por crianças recém-nascidas, nos pedidos de adoção, em Santa Catarina, a Promotora afirmou que a tendência, a partir da informação que os pretendentes à adoção vem recebendo sobre dos inúmeros casos de adoção tardia que tiveram resultados altamente positivos, é de mudança. Também ressaltou que não se pode esquecer nunca da segurança que o processo de adoção legal traz tanto para os adotantes como para as crianças ou adolescentes adotados.

As próximas Audiências Públicas sobre “As Condições dos Processos de Adoção e das Casas de Acolhimento do Estado” serão realizadas em Criciúma (19/10), Lages (20/10), Joinville (31/10), Canoinhas (04/11) e Florianópolis (07/11).